O batuque é provavelmente o género musical mais antigo de Cabo
Verde, mas só há registos escritos acerca do batuque a partir do século XIX.
Presentemente só se encontra na ilha de Santiago, e é no Tarrafal onde se vive
com mais intensidade este género musical. Todavia, há indícios que já existiu
em todas as ilhas de Cabo Verde.
Segundo
Carlos Gonçalves, o batuque não seria um género musical transposto do
continente africano. Seria a adaptação de alguma dança africana (qual?) que
depois teria desenvolvido características próprias em Cabo Verde.
O
batuque sempre foi hostilizado pela administração portuguesa, por ser
considerado «africano», e pela Igreja, mas foi durante a política do Estado
Novo que essa perseguição foi mais forte. O batuque chegou a ser proibido nos
centros urbanos, e chegou a estar moribundo a partir dos anos 50.
Depois da independência houve um interesse em fazer
ressurgir certos géneros musicais. Mas é nos anos 90 que o batuque teve um
verdadeiro renascimento, com jovens compositores (Orlando Pantera, Tcheka,
Vadú, etc.) fazendo trabalhos de pesquisa e conferindo uma nova forma ao
batuque, sendo interpretado por também jovens cantores (Lura, Mayra Andrade,
Nancy Vieira, etc.). Saiba mais...
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